sábado, 16 de março de 2013

Enquanto se fecham os olhos

Meu traveseiro conhece seu nome e a maneira como coça o queixo quando não consegue pensar no que dizer;
Meu travesseiro conhece sua voz e minha cama toda se abala quando o coração em disparos, dança a música que seu corpo faz;
Meu travesseiro conhece as cores das suas roupas e o arrepio que costuma me causar quando me toca o ombro por acidente;
Meu travesseiro conhece todas a palavras já ditas e o gosto das lágrimas doce-amargas que me permiti derramar;
Meu travesseiro conhece todas as palavras não ditas e a sensação de conforto que o cheiro da sua pele deixa na minha;
Meu travesseiro supõe um seu passado e transgride tantas regras da imaginação, invadindo terras que jamais foram minhas e talvez nem existam num mundo só seu;
Meu travesseiro moldou um seu beijo pros meus e um abraço dos seus... Quase me fazem sorrir;
Mas eu sempre abro os olhos...

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