tag:blogger.com,1999:blog-24334934510141559742024-03-13T00:38:12.371-03:00Olhos de TerraBah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.comBlogger122125tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-26028830126742822982013-05-03T00:28:00.001-03:002013-05-03T00:37:59.313-03:00De cérebros e corações<p>Costumava não deixar nos pés o chão<br>
O coração vivia sendo pisado, então...<br>
Um dia, quando de repente disse: não <br>
E substituiu pelo cérebro seu coração<br>
Ninguém jamais lhe quis dar a mão!</p>
<div class='separator' style='clear: both; text-align: center;'> <a href='http://lh3.ggpht.com/--Ntay3B76EI/UYMxFSTyoDI/AAAAAAAAAUw/b9mvZtxRlE8/s1600/image_2013-04-09_200800.png' imageanchor='1' style='margin-left: 1em; margin-right: 1em;'> <img border='0' src='http://lh3.ggpht.com/--Ntay3B76EI/UYMxFSTyoDI/AAAAAAAAAUw/b9mvZtxRlE8/s640/image_2013-04-09_200800.png' /> </a> </div>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-70468168370981324852013-03-16T04:38:00.001-03:002013-03-16T04:38:17.794-03:00Enquanto se fecham os olhosMeu traveseiro conhece seu nome e a maneira como coça o queixo quando não consegue pensar no que dizer;<br />
Meu travesseiro conhece sua voz e minha cama toda se abala quando o coração em disparos, dança a música que seu corpo faz;<br />
Meu travesseiro conhece as cores das suas roupas e o arrepio que costuma me causar quando me toca o ombro por acidente;<br />
Meu travesseiro conhece todas a palavras já ditas e o gosto das lágrimas doce-amargas que me permiti derramar;<br />
Meu travesseiro conhece todas as palavras não ditas e a sensação de conforto que o cheiro da sua pele deixa na minha;<br />
Meu travesseiro supõe um seu passado e transgride tantas regras da imaginação, invadindo terras que jamais foram minhas e talvez nem existam num mundo só seu;<br />
Meu travesseiro moldou um seu beijo pros meus e um abraço dos seus... Quase me fazem sorrir;<br />
<strong>Mas eu sempre abro os olhos...</strong>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-27752193022465415912013-03-16T02:28:00.000-03:002013-03-16T02:35:00.119-03:00De lágrimas no travesseiro<p>-Por que tantas lágrimas, menina tola?<br>
-Ele se foi<br>
-E por que tantas lágrimas?<br>
-Não quero que ele vá.<br>
- Vá atrás dele, ora!<br>
-Já fui mais vezes do que posso contar<br>
-Por que?<br>
-Eu sempre acredito que ele é a pessoa certa<br>
-Por que?<br>
-A maneira como meu coração dispara...<br>
-E o dele?<br>
-O que?<br>
-Dispara?<br>
-Não sei... Acho que não... No fundo acho que ele não se importaria se eu fosse embora...<br>
-E por que você fica?<br>
-Gosto dele. E do jeito que meu coração dispara.<br>
-Vá embora!<br>
-Por que?<br>
-Só vale a pena se ele quiser ficar...<br>
-Mas ele quer. Eu sei que quer. Ele só não consegue assumir e...<br>
-Pare de tentar entender e justificar o mundo, menina tola. Se ele quisesse... Ficava.</p>
Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-44026175569183264752012-12-22T00:31:00.001-02:002012-12-22T00:31:15.575-02:00Do fim do Mundo-Precisamos conversar<br />
-Diga!<br />
-Não quero mais. <br />
-O que?<br />
-Nós dois. Eu cansei, não consigo mais.<br />
-Por que?<br />
-E não sei amar. E não consigo explicar.<br />
-Está bem... Pena.<br />
<br />
-[...]<br />
<br />
-E agora?<br />
-O que?<br />
-Já é 22/12<br />
-E?<br />
-O mundo acabou!<br />
-Mas não acabou o mundo.<br />
-O seu pode ser que não...Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-57326104715843336162012-08-12T23:50:00.001-03:002012-08-12T23:50:41.462-03:00Diretamente do Lugar de Onde Vêm as Mudanças Estou escrevendo do <em>Lugar de Onde Vêm as Mudanças</em>!<br /> Foi difícil encontrar, mas fica depois da<em> Montanha em que se Esconde a Saudade</em> e antes da <em>Caverna pra Onde Vão as Pessoas Esquecidas</em>.<br /> As mudanças ficam todas aqui, esperando pra acontecer, ansiosas.<br /> Algumas vezes chegam antes da decisão estar completamente tomada e é preciso suportar um cara que vem lá da <em>Metrópole Onde Moram as Coisas Que Não Devemos Fazer</em>. Ele fica hospedado nas pessoas, lembrando sempre do que foi feito. O nome dele é <em>Arrependimento</em> e ele não anda sem seu irmão, a quem chamam de <em>Se</em>, que adora fazer acreditar que seria melhor se tudo fosse feito diferente.<br /> Outras vezes, as mudanças vão chegando aos poucos, acostumando-se ao espaço destinado a elas. Essas costumam ser as mais importantes.<br /> Aqui, é possível ver muitas mudanças: A <em>Mudança Boa, a Mudança Ruim, a Mudança Adequada, a Mudança Sem Sentido, a Mudança Maluca, a Mudança Desnecessária</em>...<br /> Mas há duas que mais se confundem: a <em>Mudança por Si </em>e a <em>Mudança pelo Outro</em>. E é fácil confundí-las porque quando muda-se para satisfazer o outro, a felicidade dele faz tão bem, que até parece que fez-se por si.<br /> E a confusão se dissipa quando, por um gracejo do <em>Destino</em> (que é outro cara complicado! Não aceita nada diferente do que ele planejou), a pessoa se afasta e percebe-se que aquela mudança, disfarçada de <em>Mudança Boa</em>, não passava de uma <em>Mudança Desnecessária</em>, às vezes até <em>Mudança Ruim</em>...<br /> E a mudança anda sempre de mãos dadas com um senhor muito inteligente a quem todo mundo atribui a cura. O nome dele é <em>Tempo</em>. Ele anda num ritmo próprio, alheio a todo o restante. É angustiante, mas estritamente necessário esperá-lo. <br /> O relógio dele não tem ponteiros...<br /> A verdade é que parece muito difícil encontrar e leva algum tempo, mas o <em>Lugar de Onde Vêm as Mudanças </em>fica tão perto, mas tão perto que, pra chegar lá, você não precisa se mover nenhum centímetro do corpo pra fora, mas precisa se mover quase todo do corpo pra dentro.Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-17070350271118618662012-08-12T21:56:00.001-03:002012-08-12T21:56:50.219-03:00De LuaE de repente as luzes parecem apagar a Lua.<br />Como se num segundo, a Lua perdesse a força, a luz e a cor...<br />Como se de repente, o caminho não precisasse ser guiado por ela!<br />As luzes apagaram a Lua!<br />E então?<br />O que acontece quando o Sol apagar as luzes?Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-21590011496980200532012-06-07T22:03:00.000-03:002012-06-07T18:24:01.632-03:00Da PazO que eu tenho de MEU é essa paz...<br />
Mas é que...<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Ela é tão <b>SUA...</b>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-20949000725811378542012-05-09T21:21:00.000-03:002012-05-09T21:41:54.103-03:00Despindo ParedesE então eu retirei todos os quadros,<br />
Todas as fotos<br />
Deixei de olhar lembranças<br />
Mas elas ainda estavam lá,<br />
Nas marcas de tempo que os quadros deixaram<br />
Nos restos de cola, manchados na tinha.<br />
Comecei a arrancar a tinta<br />
Aquela que passamos horas pintando<br />
E ali estavam todas as pinceladas,<br />
Cruas.<br />
Eu cheguei aos alicerces,<br />
Vazios.<br />
Nus.<br />
Ao começo de tudo, onde nada é você.<br />
E as paredes pareceram frágeis,<br />
Prestes a despencar.<br />
Mas se mantiveram lá,<br />
Firmes.<br />
E eu percebi que arrancar tudo aquilo,<br />
Não me fez esquecer.<br />
Fez lembrar.<br />
E tirou das paredes o peso...<br />
E livrou do excedente, a estrutura.<br />
E agora as paredes precisam sustentar apenas<br />
As paredes.Si sobre si.<br />
E fim.<br />
Digo,<br />
E começo!<br />
<br />
[Eu não ia dizer... Mas percebe que as paredes sorriem?]<br />
<br />
<br />Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-68475645478607330092012-03-26T18:18:00.000-03:002012-03-26T19:06:20.625-03:00De nós e de laços<span style="font-family: inherit;"> Finalmente percebi que eu puxei demais a minha ponta do laço. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu achava que se eu puxasse, tudo ficaria mais perto, mais forte. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"> Achava que toda a minha força estava em você.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Finalmente percebi que minha maior força sou eu e o que eu criei de você.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"> Finalmente percebi que vivemos por tanto tempo em mundos distintos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">E eu achava que era um mundo só nosso.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"> Eu achava que nosso conto de fadas jamais teria um fim.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Mas finalmente percebi que até o "felizes para sempre", não deixa de por FIM ao conto.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"> Eu achava que laços podiam ser eternos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Quando você puxou, eu fui...</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Mas quando eu puxei a minha ponta, você preferiu ficar parado.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Vi que estávamos presos nas crenças, nos mundos, nos contos...</span><br />
<span style="font-family: inherit;">E eu finalmente percebi que <i>quando vira um nó, já deixou de ser um laço.</i></span>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-44640313826810209132012-03-01T20:17:00.004-03:002012-03-01T20:18:52.869-03:00Das cores<div style="text-align: left;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11px; line-height: 14px;"></span></span></div><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu deixei de comer</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu deixei de pintar os olhos</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu deixei de pintar as unhas</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu deixei de enxergar as cores...</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Mas sabe?</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Quando eu deixei a cama, levantei e agi;</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu deixei de colecionar lágrimas no travesseiro.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: inherit;">[E aos poucos as cores voltam, cê vai ver!]</span>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-63221849595919185282012-01-27T22:22:00.000-02:002012-01-27T22:38:45.414-02:00Da mente E dizem que nossos olhos não podem enxergar além do que está em volta de nossos corpos.<br />
E eu acredito que de fato não possam...<br />
Mas nossa mente<br />
Ah!<br />
Nossa mente...<br />
Ela é capaz de enxergar além dos mundos conhecidos e saber cada um dos próximos movimentos de cada um dos indivíduos desses mundo, inclusive os seus próprios.<br />
Em minha mente eu crio e recrio cada uma das conversas que tenho ou tive, e nelas eu digo as palavras que eu deveria ter dito e não fui capaz de pensar a tempo; tomo as atitudes que eu deveria ter tomado e meu corpo não permitiu; seguro cada uma das lágrimas que não conseguiram ficar presas e escaparam por entre os cílios.<br />
Em minha mente, eu posso prever cada um dos meus próximos passos, por onde cada um deles vai me levar e quais decisões eu tomaria perante cada uma das situações que surgiriam.<br />
E eu faço isso o tempo todo.<br />
<u style="font-style: italic; font-weight: bold;">Eu posso viver cada dimensão que existe!</u><br />
Parece incrível não parece?<br />
Mas quase sempre me esqueço de viver <i><b>essa</b></i>!Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-18366731110219343722011-10-08T23:59:00.015-03:002012-08-12T21:58:05.203-03:00Do Amor<div style="text-align: center;">
Quando se fecham os olhos e se beijam os lábios, todas as palavras não ditas parecem recém faladas...</div>
<div style="text-align: center;">
Mas quando se fecham os lábios e se beijam os olhos, todas as palavras já ditas parecem desperdiçadas!</div>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-6605059284825404142011-07-01T01:16:00.001-03:002011-07-05T21:18:15.293-03:00-Olá, Estranha...<br />
Desde quando passou a utilizar esse olhos que não são seus e permitiu que as cores erradas migrassem para seu peito?Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-10160541037437896762011-05-12T00:00:00.000-03:002011-05-13T20:06:55.563-03:00Ao Inquilino IndesejadoSorocaba, 12 de maio de 2011<br />
<br />
Ao Senhor Locatário<br />
<br />
Eu, locador do imóvel situado à Região Vesicular, logo abaixo da Última Costela à Direita, comunico minha intenção de retomar o imóvel, requerendo sua desocupação no prazo de 15 (quinze) dias; por motivos de não cumprimento contratual e perturbação da ordem, referindo frequentes reclamações de danos ao imóvel gerando dores lacinantes ao locador.<br />
<br />
Caso o inquilino não deixe o imóvel dentro do prazo estipulado, serão tomadas providências imediatas, contando com a colaboração de profissionais gabaritados para iniciar e efetivar a ação de despejo.<br />
<br />
<div style="text-align: right;"> Com a certeza de sua Colaboração</div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><br />
</div>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-24825478226735651412011-03-30T23:23:00.001-03:002011-03-31T00:48:38.920-03:00Flávio RodriguesSe saudade fosse doença, eu que percebesse os sintomas no peito, tomando do cérebro a razão, me fazendo perder noites de sono e me desidratando em lágrimas<br />
Se saudade fosse doença, eu que ficasse acamada por dias, deixando a febre ferver e o tempo curar...<br />
Se saudade fosse doença, eu que procurasse um médico, especialista na dor, que me fizesse um receituário, e se não desse jeito, eu que procurasse outras formas de cura<br />
Se saudade fosse doença e eu estivesse desenganada, eu que tivesse a coragem de morrer.<br />
<br />
E quando os sintomas começam a aparecer, eu juro estar me sentindo febril, fico por algum tempo de cama e quase procuro um médico...<br />
Mas espero.<br />
Dizem que o tempo é a cura de todos os males, mas quanto mais o tempo passa, mais sintomas eu sinto...<br />
De repente não consigo dormir quando a noite chega e as lágrimas me escapam na mesma proporção de tempo em que me embebedei...<br />
E a única cura é você, você que me fere à distância...<br />
E me fere a distância que não deixa te ouvir<br />
Talvez eu preferisse o fim, estando agora, desenganada, prestes a dar o meu último suspiro com toda coragem de meu peito<br />
E estaria...<br />
Se saudade fosse doença...Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-83441653022047333472011-03-27T15:37:00.000-03:002011-03-27T15:37:25.301-03:00Da diferençaEle jamais entenderia o poder das palavras dela<br />
Ela jamais perceberia que nunca foi isso que ele quis<br />
Ele não conseguia se decidir<br />
Ela tinha certeza de sua escolha<br />
Ele a confundia com tantas outras<br />
Ela não enxergava mais ninguém<br />
Ele a olhava com carinho<br />
Ela o olhava com paixão<br />
Ele a beijava por prazer<br />
Ela o beijava porque era o único gosto que queria em sua boca<br />
Ele se despediria em breve<br />
Ela sempre estaria com ele em pensamentos<br />
Ele a esqueceria em horas<br />
Ela o levaria a cada pulsar...Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-41972941901943827712011-03-22T14:24:00.000-03:002011-03-22T14:24:09.114-03:00Entre Aspas XIX[CLARICE LISPECTOR I]<br />
"Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:E daí? EU ADORO VOAR!",<br />
<br />
[CLARICE LISPECTOR II]<br />
"Sonhe com aquilo que você quer ser,<br />
<br />
porque você possui apenas uma vida<br />
e nela só se tem uma chance<br />
de fazer aquilo que quer.<br />
<br />
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.<br />
Dificuldades para fazê-la forte.<br />
Tristeza para fazê-la humana.<br />
E esperança suficiente para fazê-la feliz. <br />
<br />
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.<br />
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades<br />
que aparecem em seus caminhos.<br />
<br />
A felicidade aparece para aqueles que choram.<br />
Para aqueles que se machucam<br />
Para aqueles que buscam e tentam sempre.<br />
E para aqueles que reconhecem<br />
a importância das pessoas que passaram por suas vidas."<br />
<br />
[CLARICE LISPECTOR III] <br />
"Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor. Para que te servem essas unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem. Para que te serve essa cruel boca de fome? Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer, eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada. Para que te servem essas mãos que ardem e prendem? Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir."<br />
<br />
[CLARICE LISPECTOR IV]<br />
"É a vida? Mesmo assim ela me escaparia. Outro modo de captá-la seria viver. Mas o sonho é mais completo que a realidade, esta me afoga na inconsciência. O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo?"<br />
<br />
<br />
[CLARICE LISPECTOR V]<br />
"Fui embora, com o rosto corado de vergonha. De verogonha mesmo? Era inútil querer voltar aos pensamentos anteriores. Eu estava cheia de um sentimento de amor, gratidão, revolta e vergonha. Mas, como se costuma dizer, o sol parecia brilhar com mais força. Eu tivera a oportunidade de... E para isso fora necessário um menino magro e escuro... E para isso fora necessário que outros não lhe tivessem dado um doce.E as pessoas que tomavam sorvete? Agora, o que eu queria saber com autocrueldade era o seguinte: temera que os outros me vissem ou que os outros não me vissem? O fato é que, quando atravessei a rua, o que teria sido piedade já se estrangulara sob outros sentimentos. E, agora sozinha, meus pensamentos voltaram lentamente a ser os anteriores, só que inúteis."<br />
<br />
<br />
[CLARICE LISPECTOR VI]<br />
"Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria. <br />
<br />
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos, já lisos, de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa."Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-66646389895195849182011-03-22T14:12:00.000-03:002011-03-22T14:12:43.699-03:00Entre Aspas XVIII[EFEITO BORBOLETA I]<br />
“Algo tão pequeno como o vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.” <br />
<br />
[EFEITO BORBOLETA II]<br />
“Se eu entender como funciona a memória de uma minhoca, isso me ajudaria a entender a complexidade do cérebro humano”. <br />
<br />
[EFEITO BORBOLETA III]<br />
<br />
"Adiantaria alguma coisa se eu te dissesse que ninguém no mundo pode amar tanto alguém como eu te amo?"<br />
<br />
[EFEITO BORBOLETA IV]<br />
"Eu so queria te dizer que um dia você já foi feliz... comigo!"<br />
<br />
[EFEITO BORBOLETA V]<br />
"-Já te perdi uma vez, não quer te perder denovo <br />
<br />
-Você nunca me perdeu"Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-9422911306780111272011-01-03T21:21:00.000-02:002011-01-03T21:23:05.449-02:00Do caminho-E então?<br />
-O que?<br />
-Pra onde vai agora?<br />
-Não sei.<br />
-Não sabe?<br />
-Não<br />
-Mas você precisa...<br />
-Que você caminhe a meu lado!<br />
-Não.<br />
-Não?<br />
-Você precisa saber pra onde vai<br />
-Por que?<br />
-Pra que ir se não sabe pra onde?<br />
-Quando chegarmos, saberemos<br />
-O que?<br />
-Saberemos para onde estávamos indo<br />
-Mas aí não estaremos mais indo, já teremos chegado<br />
-Sim.<br />
-Onde?<br />
-Precisamos decidir agora?<br />
-É claro.<br />
-Não podemos simplesmente caminhar?<br />
-Para onde?<br />
-Nós saberemos<br />
-Quando?<br />
-Quando chegarmos lá<br />
-E se não pudermos chegar juntos?<br />
-Aí nós saberemos.<br />
-O que?<br />
-Que não estamos indo ao lugar certo.Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-53785793911345230052010-11-29T01:40:00.001-02:002010-11-29T01:41:40.244-02:00XadrezÀs vezes, a rainha negra, acaba por encontrar-se envolvida em problemas de peças brancas, dos quais jamais imaginou participar...<br />
Percebe que ela coloca seu próprio rei em xeque<br />
E então corre para o lado oposto do tabuleiro, desejando ser uma torre branca, sem desvios pelo caminho. <br />
Deseja encontrar alguma peça adversária que cesse seu pensar.<br />
Que permita que ela simplesmente se deite ao lado do tabuleiro e não precise decidir o movimento seguinte.<br />
Deseja não ter tido tantas opções de movimentos<br />
Deseja não ter movimento nenhum.<br />
Ela vê o preto no branco, apenas enxerga um cinza gritante<br />
E simplesmente já não consegue mover<br />
Agora está nas mãos da rainha<br />
Ela percebe: É matar, ou morrer<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">[CONTINUA...ATÉ QUE ALGUÉM DECLARE XEQUE e MATE]</span>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-60607778072146148122010-11-24T17:22:00.001-02:002010-11-24T17:24:40.042-02:00Lord<div align="right"><span style="font-size: x-small;">[DE PARTES DE CONVERSAS DE PARTES DA GENTE]</span></div><div align="right"><br />
</div>-Eu to é querendo sair correndo e gritando<br />
<br />
-Sabe que somos dois.<br />
Apesar de no momento eu não estar com essa vontade.<br />
Ela bate a noite.<br />
Antes de dormir...<br />
<br />
-A minha bate e não sai<br />
Acho que não vai embora enquanto eu não abrir a porta, deixar ela entrar...<br />
E sair.<br />
<br />
-Beco sem saída?<br />
<br />
-Todo beco tem saída<br />
O problema é que quase sempre...<br />
É a entrada<br />
<br />
-Ou seja, enfrentar o que te colocou ali.<br />
<br />
-Pois é<br />
Mas eu sou tão covarde...<br />
Que é capaz de aprender a voar...<br />
<br />
-O que te colocou ai?<br />
<br />
-Sabe oq é o pior de tudo?<br />
<strong>Fui eu.</strong>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-61559487571041637942010-11-22T01:01:00.003-02:002010-11-22T01:10:32.050-02:00ParalelasUm e outro andavam lado a lado<br />
Percorriam caminhos paralelos e quase sempre se davam as mãos<br />
Às vezes olhavam para lados opostos, enxergando a paisagem pela qual passavam sozinhos<br />
E, ainda que o outro tentasse enxergá-la, era parcialmente coberta pelo corpo do um<br />
A paisagem de um ia se modificando, tornando a reta vacilante<br />
Às vezes pontilhada de sonhos, realidade, felicidades e angústias<br />
E o outro via apenas gotas<br />
E sentia vontade de abrir o guarda chuva<br />
Mas só chovia nos olhos do um<br />
O outro decidia tentar borrar-se em chuva alheia<br />
Que o um decidia guardar para si<br />
Seguiriam sempre em vidas paralelas<br />
Que caminham lado a lado e nunca se cruzam...<br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>[Certa vez alguém disse que</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>Retas são pedaços de círculos gigantes...</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>Talvez Paralelas, sejam pedaços de condição...</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>Talvez o agora seja pedaço de antes...</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>E talvez o futuro seja pedaço intersecção]</i></span>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-81076391330685627872010-11-16T14:58:00.003-02:002010-11-16T15:06:52.721-02:00Do Voo III<div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><b>[Da peça]</b></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">-Para voar basta ter asas</div><div class="MsoNormal">-Esse é o problema...</div><div class="MsoNormal">-Voar?</div><div class="MsoNormal">-Ter asas. Eu não tenho asas</div><div class="MsoNormal">-É claro que tem... Só nunca aprendeu a usá-las</div><div class="MsoNormal">-E você vai me ensinar?</div><div class="MsoNormal">-Não</div><div class="MsoNormal">-Não?</div><div class="MsoNormal">-Ninguém pode lhe ensinar a usar suas próprias asas, você é quem precisa parar de podá-las, precisa soltar as amarras nas quais as prendeu por tanto tempo. E eu só posso te ajudar a desatar os nós.</div><div class="MsoNormal">-Como?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ele olha para o céu<o:p></o:p></i></div><div class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><br />
</i></div><div class="MsoNormal">-O que você vê?</div><div class="MsoNormal">-Nuvens</div><div class="MsoNormal">-De que tipo?</div><div class="MsoNormal">-Cúmulos e nimbos, eu acho.</div><div class="MsoNormal">-Eu vejo do tipo animal. </div><div class="MsoNormal">-Animal?</div><div class="MsoNormal">-É. Veja: um cachorrinho ali, e ali um coelhinho de longas orelhas felpudas.</div><div class="MsoNormal">-Coelhinho? </div><div class="MsoNormal">-É. Venha ver mais de perto.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">E</i><i style="mso-bidi-font-style: normal;">le a leva pela mão.</i></div><div class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">As nuvens agora estão na altura de seus pés</i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><i>Ele se abaixa acariciando uma nuvem</i></span></i></div><div class="MsoNormal"><i><br />
</i></div><div class="MsoNormal">-E então?</div><div class="MsoNormal">-O que?<br />
-Você fica brincando com nuvens e eu fico aqui olhando a loucura transbordar-lhe dos olhos, dos braços, das pernas...</div><div class="MsoNormal">-Das asas?</div><div class="MsoNormal">-Que asas? Você não tem asas!!!</div><div class="MsoNormal">-Claro que tenho.</div><div class="MsoNormal">-Quais?</div><div class="MsoNormal">-As da imaginação! Você precisa soltar as suas.</div><div class="MsoNormal">-Ah! Mas eu não tenho isso! E não quero mais tentar</div><div class="MsoNormal">-Quer ir embora?</div><div class="MsoNormal">-Quero...</div><div class="MsoNormal">-Vá!</div><div class="MsoNormal">-Mas...Então me ajuda a descer!!!</div><div class="MsoNormal">-Descer de onde?</div><div class="MsoNormal">-Do céu...<br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">-</i>Acha que estamos no céu?</div><div class="MsoNormal">-É claro que estamos no céu!<br />
<br />
-[...]<br />
<br />
-E ENTÃO?</div><div class="MsoNormal">-Então eu acho que já pode descer com suas próprias asas...</div>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-78845584489518022262010-11-11T17:14:00.002-02:002010-11-11T17:23:18.783-02:00Ana Inconscientemente cobria os olhos e, quando lhe perguntavam sobre as cores, dizia que só havia uma: escuridão.<br />
Aos poucos foi afastando os dedos que trazia sobre os olhos, e enxergou uma luz surgindo ao longe, as escalas de cinza no céu e a pureza branca das nuvens...<br />
Ela enxergava em preto e branco a tanto tempo, que quase não conseguiu ver as cores pastéis que timidamente surgiram quando finalmente libertou-se das amarras em que lhe prendiam...<br />
<strong>Um dia...</strong><br />
Quando já havia se acostumado com as escalas de cinza e bege que iam surgindo, esbarrou numa palheta inteira de cores.<br />
A princípio cobriu os olhos novamente- as cores incomodavam o olhar acostumado a cor nenhuma- Mas a mesma intensidade que a assustava a atraía<br />
De repente já não se importava de lambuzar-se em cores de uma palheta alheia, que trazia um <em>colorido</em>, que ela jamais conseguiu imaginar no mundo antigo. <br />
<strong>E agora... </strong><br />
O branco das nuvens que luziam no velho céu desbotado e sem cor, ganharam o contraste no azul de um novo olhar...Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2433493451014155974.post-656364254389809602010-10-21T22:26:00.001-02:002010-10-21T22:30:27.891-02:00Entre Aspas XVII<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_y018mxI7mVQ/TMDWOHFYueI/AAAAAAAAAS8/iUjH8IHOm00/s1600/100_1056.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="313" nx="true" src="http://2.bp.blogspot.com/_y018mxI7mVQ/TMDWOHFYueI/AAAAAAAAAS8/iUjH8IHOm00/s640/100_1056.JPG" width="640" /></a></div><br />
<div style="text-align: left;">[O PEQUENO PRÍNCIPE]</div><div style="text-align: left;">"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."</div><br />
[AMANHECER]<br />
<div style="text-align: left;">"Eu Tenho Cara De Quê? Mágico de Oz?</div><div style="text-align: left;">Você Precisa de um Cérebro? Precisa de um Coração? Pode Vir.</div><div style="text-align: left;">Pegue o Meu. Leve Tudo o Que Tenho"</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">[O MÁGICO DE OZ]</div><div style="text-align: left;">"E você, meu amigo galvanizado, você quer um coração. Você não sabe o quão sortudo és por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem..."</div>Bah Diggelmannhttp://www.blogger.com/profile/12195413062806794488noreply@blogger.com1